Homem tem nome confundido e vai parar injustamente na cadeia em Valadares - Paulo Pereira, de 53 anos


Paulo Pereira, de 53 anos, está em liberdade desde terça-feira. E a família, reunida outra vez. Ele diz ter sido preso injustamente. Teria passado nove dias atrás dos muros da cadeia pública de Valadares em uma cela com outros 23 detentos. Paulo acha que foi confundido com um homem acusado de cometer latrocínio (roubo seguido de morte) e crime contra o patrimônio.

Essa história começou no dia 3 deste mês. Paulo tinha acabado de almoçar, saiu de casa para o trabalho e, no meio do caminho, sofreu um acidente. Como é costume, as duas partes chamaram a polícia e registraram um boletim de ocorrência. A polícia levou os dados dos envolvidos para a delegacia. Foi constatado que haveria um mandado de prisão contra Paulo. Os policiais foram até o serviço dele e pediram pra ele fosse até a delegacia prestar alguns esclarecimentos. Então foi preso.

A mulher dele, a princípio, não acreditou que o marido chegasse a ser levado para a cadeia. Outros parentes também não conseguiam entender por que paulo estava preso.

A família procurou um advogado e pretende entrar com uma ação contra o estado. Segundo Paulo, a confusão foi por causa dos nomes semelhantes. Em um levantamento dos processos contra o homem com o nome parecido, o mandado de prisão estaria em aberto desde 1994.

De acordo com o advogado Elídio Ferreira, especialista, em casos como este, a vítima do erro da Justiça deve tentar, antes de tudo, atualizar os registros policiais.

Paulo diz que conseguiu provar a própria inocência. Está aliviado, mas os dias na prisão ele não consegue esquecer. Ainda segundo ele, o homem, autor do latrocínio e do roubo que tem o nome parecido com o dele, morreu em 2003.