O segurança e instrutor de jiu-jitsu Paulo Márcio Nascimento Cândido, 34 anos, atleticano, foi preso na manhã dessa quarta-feira (19), suspeito de ser o executor do conselheiro do Cruzeiro Esporte Clube, Antônio Pereira Kbça da Silva Filho, de 53 anos.


Preso atleticano suspeito de matar o conselheiro do Cruzeiro

Polícia Civil não acredita que rixa entre torcidas do Galo e da Raposa tenha motivado o crime


FREDERICO HAIKAL
Paulo
Tranquilo, Paulo Márcio afirmou que vai provar a inocência e processar o Estado
O segurança e instrutor de jiu-jitsu Paulo Márcio Nascimento Cândido, 34 anos, atleticano, foi preso na manhã dessa quarta-feira (19), suspeito de ser o executor do conselheiro do Cruzeiro Esporte Clube, Antônio Pereira Kbça da Silva Filho, de 53 anos. O crime ocorreu na tarde do dia 11 de janeiro, quando Kbça foi executado com sete tiros, dentro de seu carro, no Bairro Bonfim, Noroeste da capital.

A prisão provisória de 30 dias foi decretada pelo juizado do Tribunal do Júri a pedido do delegado Marcelo Manna, da Homicídios Noroeste, com base nos depoimentos de duas testemunhas. Manna revelou que, apesar de estar usando uma calça da Galoucura quando disparou os tiros de uma pistola semiautomática, a rixa com a torcida do Cruzeiro não seria a motivação do crime.

Manna afirmou que não tem dúvida que Paulo Márcio foi o executor e que teria deixado o local do crime andando até chegar ao seu carro, deixado nas imediações. Manna não revelou o motivo da execução. Os policiais também cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, no Bairro Laranjeiras, Norte de BH. Eles recolheram um computador e dois telefones celulares. A arma do crime não foi encontrada.

Fontes da Polícia Civil informaram que a motivação para a execução seria a suposta relação entre Paulo Márcio e uma ex-amante da vítima. Por ser faixa-preta de jiu-jitsu, ele teria grande poder de concentração, daí sua frieza.
Durante a sua apresentação nessa quarta-feira (19) no Departamento de Investigações (D.I.), Paulo Márcio não escondeu o rosto. Ele admitiu ser instrutor de jiu-jitsu, que trabalha como segurança e é torcedor do Atlético, mas negou qualquer envolvimento com o crime.

Paulo disse ainda que a polícia chegou em sua casa se passando por técnicos da Cemig e, quando abriu a porta, foi jogado ao chão, algemado e humilhado na frente do filho de 12 anos. Ele negou ter assassinado o conselheiro por questões passionais ou a mando de alguém. “Eu nem conhecia esse tal de Kbça. Sou inocente, no dia eu estava no Shopping Tupinambás. Vou provar minha inocência na Justiça e processar o Estado”, disse, demonstrando tranquilidade. Ele está preso no Ceresp Gameleira.