Horário de verão economiza R$ 30 mi de usinas



Balanço mostra que termelétricas foram menos usadas para atender consumo de lares


Brasileiro economizou 2.376 megawatts (MW). Número equivale a 60%
da energia consumida no horário de pico no Rio

O horário de verão gerou uma economia de R$ 30 milhões ao sistema elétrico. Um balanço parcial do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que opera as usinas e geradoras de eletricidade do país, mostrou que houve menos utilização da energia das termelétricas neste ano para atender o consumo dos lares e das indústrias.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (18). Com a mudança nos relógios iniciada em 17 de outubro do ano passado, a demanda por energia no horário de pico foi reduzida em 2.376 megawatts (MW) nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, onde vigorou a medida.
Essa economia equivale a 60% da energia consumida no horário de ponta da cidade do Rio de Janeiro ou algo em torno de 4,4% da carga total do horário de pico (do fim da tarde ao início da noite).
No horário de verão de 2009/2010, houve ainda mais economia de energia (2.500 MW). O número representa 80% da carga no horário de ponta da cidade do Rio de Janeiro ou 0,5% do consumo total do horário de pico nos Estados em que vigora o horário de verão.
Nesta época, as usinas térmicas (baseadas na queima de combustíveis como óleo ou gás natural) são usadas como alternativa às hidrelétricas, já que durante o verão as usinas feitas para aproveitar a força da água dos rios geram menos energia.
A partir deste domingo (20), quando o horário de verão termina, os relógios deverão ser atrasados em uma hora no Distrito Federal e nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Somente na região Sul, a economia de energia no horário de pico foi de 555 MW, ou 4,7%. No sistema Sudeste/Centro-Oeste, a economia no horário de ponta foi de 1.821 MW, equivalente a 4,4% do consumo no dia.
O princípio do horário de verão consiste em aproveitar mais a luminosidade natural - que nesta época do ano é maior - para que o aumento de consumo de energia no fim do dia seja retardado, tanto na iluminação pública quanto nas residências. Com isso, o sistema opera com mais folga e sobrecargas são evitadas.