Empresário quer unir representantes da sociedade civil e reivindicar ao Estado, um Batalhão da PM para Caratinga. Major Wanderson Santiago comentou sobre o assunto
O ano de 2011 começou deixando a população assustada. Onda de assaltos no comércio central, principalmente farmácias e postos de combustíveis. Grande parte dos crimes, envolvendo menores de 18 anos. Muitos são apreendidos pela polícia militar, encaminhados à Delegacia de Polícia Civil, ouvidos e liberados. Realidade que assusta as autoridades. “Realmente existe uma participação direta de menores nestes atos infracionais. Esta grande participação, preocupa”, afirma Major Santiagio, comandante da 22º Companhia Independente de Polícia Militar.
Em busca de amenizar a situação, a PM anunciou novas medidas. Aumentou o efetivo nas ruas e desenvolvimento de projetos de ressocialização de menores, tudo pela segurança pública. Segundo os dados divulgados pelo IBGE em 2010, Caratinga tem uma população de 85.322 habitantes. A segurança do município e de mais 21 cidades está sobre responsabilidade da 22 º Companhia Independente de Polícia Militar.
Mas para representantes da sociedade civil, isso não é o bastante. “Nós precisamos na verdade de um batalhão. O número de habitantes de Caratinga precisa de um efetivo maior de militares”, afirma o empresário Juarez.
Dono de uma farmácia e uma das vítimas de da onda de assaltos no início do ano, Juarez convida outros representantes de instituições, entidades e organizações da cidade em busca de melhorias para segurança pública. “Pretendemos unir o máximo de organizações possíveis em busca de ajudar para que Caratinga tenha mais policiais nas ruas. O trabalho que a polícia militar realiza hoje é excelente, mas queremos mais policiais nas ruas”.
Juarez acredita que muitos outros assuntos relativos à segurança pública podem ser discutidos pela sociedade civil. A intenção é o fortalecimento de uma manifestação que já começou. “Nós já realizamos várias reuniões com entidades e instituições e até sindicatos. Agora precisamos nos fortalecer mais ainda”.
No final da manhã desta sexta-feira (11) também conversamos com Major Santiago. Para o comandante, a segurança pública não está na quantidade de efetivos nas ruas e sim em estratégias criadas pelos próprios policiais que buscam por um bom monitoramento da população. Major falou do baixo índice de criminalidade na região, principalmente se comparado a outras cidades que contam com maior efetivo. “É claro que se fosse viável, gostaríamos de ter um maior número de policiais nas ruas. Mas esta não é uma realidade em Caratinga e em nenhum outro lugar. Esperamos receber mais militares, mas enquanto isso, estamos realizando estratégias de segurança e os resultados tem sido positivo”, afirma Major Santiago.
Major também comentou sobre o alto índice de participação de menores em atos infracionais. E deu soluções para a diminuição deste índice. Projetos já contam com a participação direta da polícia militar. “Por exemplo, estamos criando projetos sociais para tirar menores infratores das ruas. Não é função da Polícia Militar, mas estamos fazendo isso para incentivar outras organizações a fazer o mesmo. E esta deve ser a preocupação maior”, finaliza Major.