Polícia fecha fábrica clandestina de produtos para alisamento de cabelos


Duas mulheres de Brasília perderam o cabelo depois de ir ao cabeleireiro. Elas usaram um creme alisador produzido por uma fábrica clandestina, que foi fechada pela polícia. A perda dos cabelos é definitiva.

Gioconda BrasilBrasília, DF
Ter os cabelos lisos é o desejo de muitas brasileiras. Para duas mulheres de Brasília esse desejo virou um transtorno. Segundo a polícia, elas perderam o cabelo depois de fazer escova progressiva com um produto fabricado de forma irregular.
Uma denúncia fez a polícia chegar até a casa, usada como depósito. No estoque estavam 60 litros de formol, cremes, xampu, 500 embalagens vazias e rótulos.

Além de adulterar os cosméticos, o grupo também falsificava os rótulos com códigos de barras e numero de autorização da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária.

Três pessoas foram presas. A polícia quer saber como o grupo conseguiu uma quantidade tão grande de formol já que a venda do produto é restrita a hospitais e funerárias.

A área de serviço funcionava como um laboratório. A mistura de creme alisador e formol era feita em um liquidificador. A concentração de formol era de 37%, quando o máximo permitido é de 0,2%.

“O que excede o permitido para a legislação, pode apresentar irritações leves da mucosa dos olhos, do nariz, irritação na garganta e na pele e até queda de cabelo”, explica Franscisco Reis de Souza Júnior, inspetor da Vigilância Sanitária.

No salão, a dona é cautelosa. Ela liga para a Anvisa quando tem dúvidas sobre a composição do produto e é rigorosa também com as clientes. “Ofereço o tratamento que é o que eu posso fazer no cabelo dela para segurança e para saúde dela”, garante Silvana Araújo, dona do salão.