Quase 200 mil pessoas estão sem água desde sábado (19) por causa de acidente com um caminhão.
Quase 200 mil pessoas estão sem água desde sábado (19), no Paraná, por causa do acidente com um caminhão. O óleo que ele transportava contaminou o rio que abastece a cidade de Cascavel.
Uma força-tarefa foi montada pra controlar a contaminação no rio. As equipes esfregam pedras, armam barreiras e cortam a vegetação atingida.
“É um trabalho demorado, é uma atividade complexa e que com certeza vamos procurar fazer o mais rápido possível pra restabelecer o abastecimento de água”, afirmou o coordenador regional da Defesa Civil, Fernando Raimundo Shunig.
O acidente que causou o vazamento foi no sábado (19). O caminhão carregado de óleo lubrificante foi atingido por outro caminhão. Ninguém ficou ferido, mas a peça que fechava o tanque quebrou e cinco mil litros de óleo atingiram o rio.
Por onde passou, o óleo ficou bem visível nas duas margens do riacho, que lá na frente vai formar o rio Cascavel. O cheiro é bastante forte. A Defesa Civil estima que a mancha já avançou 40 quilômetros.
Os técnicos ainda estão avaliando os prejuízos ao meio ambiente.
A mancha de óleo atingiu a maior estação de tratamento da cidade. 180 mil pessoas, mais da metade da população de cascavel, estão sem água.
“Nós já acionamos as captações alternativas, mas elas são insuficientes para dar conta de todo o abastecimento da cidade”, disse Carlos Roberto Pinto, da Companhia de Saneamento do Paraná.
Um esquema de emergência foi montado para atender hospitais, postos de saúde e escolas. Mas enquanto o caminhão pipa não chegava, um colégio precisou improvisar. Os baldes com o restinho da água da caixa salvaram o lanche das crianças.
“A gente ficou realmente preocupada. Porque como é que a gente vai, em uma escola de mil alunos, resolver o problema da água, né?”, disse a diretora da escola Cacilda Gallas.
Os caminhões também não chegam até as casas. Ângela de Oliveira atravessa a rodovia para pegar água numa mina.
“Tem que fazer tudo. Tem que tomar, tem que tomar banho, tem que fazer comida, tudo, não é?”, disse Ângela.