Estudante é suspeita de mandar matar o pai em Itabirito, na Região Central do Estado.


Polícia suspeita que a mulher de 29 anos queria receber o seguro de vida de R$ 1,2 milhão


RENATO COBUCCI

Paulo Ricardo, namorado de Érika, foi apresentado como um dos assassinos
A Polícia Civil está à procura da estudante de Direito Érika Passarelli Vicentini Teixeira, 29 anos, suspeita de tramar a morte do próprio pai para receber o seguro de vida dele, avaliado em R$ 1,2 milhão. O crime foi em agosto do ano passado em Itabirito, na Região Central do Estado. O inquérito foi concluído este mês e apontou a participação da mulher como mandante do crime. O namorado dela, Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, e o pai dele, um cabo da Polícia Militar, são apontados como os executores. Somente Paulo está preso e foi apresentado nesta quarta-feira (27).

Mário José Teixeira Filho, 50 anos, foi encontrado morto com três tiros na cabeça dentro de um carro no km 43 da BR-356, no dia 4 de agosto. No dia seguinte, as investigações foram iniciadas. Ao levantar a ficha da vítima, a polícia descobriu que ele era estelionatário e aplicava golpes na capital junto com a filha. Os dois já haviam sido presos e Mário era foragido da Justiça. Mas um fato chamou a atenção da polícia: um mês antes de morrer, a vítima fez três seguros de vida colocando Érika como a única beneficiária.

De acordo com o delegado Wagner Pinto, chefe da Divisão de Crimes contra a Vida, pai e filha planejavam encontrar um corpo para simular a morte de Mário em um acidente e depois dividir o prêmio. No entanto, os dois teriam se desentendido e o homem desistido da ação. Érika, porém, não mudou de ideia e convenceu o namorado e o sogro a matarem seu pai. A polícia não soube informar como seria feita a divisão do valor.

Ainda conforme o delegado, o autor dos disparos foi o PM Santos Alves Ferraz, 47 anos, que era lotado no Batalhão de Cavalaria. Há 29 anos na corporação, ele foi reformado em outubro de 2010.

A polícia diz ter provas suficientes contra os acusados. Entre os elementos colhidos nas investigações estão depoimentos de testemunhas que relataram que Mário estava sendo vítima de ameaças por parte da filha. O sinal do celular do PM também comprovou que ele esteve no local do crime com o filho. Além disso, durante um telefonema, Paulo perguntou ao pai se o crime havia sido concluído.

Érika e o PM, que estão foragidos, e Paulo foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, com pena que varia de 12 a 30 anos de prisão. De acordo com a PM, se for comprovada a culpa do cabo, ele poderá ter a aposentadoria suspensa.

A estudante também é acusada de aplicar golpes usando cheques sem fundos em várias lojas de luxo de Belo Horizonte. O caso foi mostrado, recentemente, em uma reportagem da Rede Record.


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