Superlotação na cadeia de Manhuaçu motiva visita de Comissão dos Direitos Humanos

Solução seria a construção de novo presídio

Superlotação, esta é a principal reclamação de detentos da cadeia de Manhuaçu. A capacidade da cadeia é para abrigar 67 detentos, mas o espaço possui atualmente 212. Pouco espaço, muitos presos e algumas reivindicações.
A visita da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) à cidade de Manhuaçu aconteceu nesta terça-feira (09/07) foi motivada por um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Manhuaçu ao presidente da comissão deputado Durval Ângelo (PT). Há cerca de dois anos o Estado recorreu do pedido de interdição do espaço e até hoje não houve, na prática, ações que pudessem viabilizar a construção de um novo presídio no município.
Para dar fim ao problema de superlotação há a expectativa para a construção de uma nova unidade prisional na cidade, mas ainda são necessários esforços do governo do Estado e do poder público municipal.

CADEIA MANHUAÇU
Em resposta a reivindicação, o Deputado Durval Ângelo informou que será solicitada uma reunião com o Secretário de Defesa Social, Romulo Ferraz. “Já existe a área, então é hora de começar a obra. O local atual recebeu o apelido presídio, mas na realidade é uma cadeia precária que tem que ser demolida. É um depósito de gente e que não tem perspectiva e nem esperança de recuperação de ninguém”, pontuou Durval Ângelo.
Ainda na audiência pública, o atual diretor do presídio de Manhuaçu, Daniel Pereira, reforçou que o projeto de Manhuaçu tem que ser acompanhado de perto. Ele salientou que uma unidade com 400 vagas é o mínimo que a região precisa. Houve um anúncio de que seria construído um local com capacidade apenas para 200 pessoas, o que é menos do que a quantidade de presos atuais da cadeia.
O chefe de gabinete João Amâncio de Faria, representando o Prefeito Nailton Heringer, garantiu que as medidas para o asfaltamento do acesso já estão sendo tomadas e que o Governo Municipal tem buscado agilizar a parte burocrática no Estado para o início da construção do presídio.
INFERNO x PARAÍSO
A cadeia e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) foram visitadas pela comissão. Depois de conhecerem os dois espaços, os visitantes e autoridades de Manhuaçu reforçaram a diferença entre o que chamaram de inferno (cadeia pública) e o paraíso (APAC). A unidade possui 64 detentos em regime fechado, aberto e semi-aberto. O modelo APAC é muito mais barato e mais eficiente. Recupera 96%, enquanto o modelo tradicional é a chamada indústria do preso, conforme destacado pelo deputado Durval Ângelo.
APAC – MANHUAÇU

Fonte: Portal Caparaó e TV Alterosa