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obesidade mórbida - Jovem de Canguaretama pode ser internado em janeiro

Há quase um ano, a InterTV Cabugi acompanha o caso de Francisco Ricardo, que sofre de obesidade mórbida e não consegue fazer a cirurgia de redução de estômago.
Este jovem nasceu com obesidade mórbida e mora com a mãe nesta casa simples, na cidade de Canguaretama. Sem muita instrução ou condições financeiras à procura por ajuda médica começou apenas em março deste ano. Na época da primeira consulta pesava 240 quilos.

A espera pela cirurgia de redução de estômago já completou nove meses. Por várias vezes o dilema de Francisco Ricardo foi acompanhado pelo RNTV. Uma mostra do quanto podem sofrer obesos em situação de emergência e que dependem do SUS.

- Mal dá para andar, para sair de casa e estou esperando até agora e o negócio não está muito bom também, não – diz Francisco Ricardo.

Aos 25 anos de idade, Francisco Ricardo tem uma vida improdutiva. Sem condições de se locomover bem ou ficar muito tempo em pé, ele não consegue trabalhar. Além de esperar pela cirurgia, ele espera também pela ajuda dos outros.

- Quase um mês e eu só comendo alface, cebola, tomate e muito vinagre. Aí parou mais e o negócio ficou mais ruim – relata Francisco.

A mãe, Maria de Fátima da Silva, abatida, diz que não consegue trabalhar porque o filho depende dela para tudo.

- Eu não tenho condições de trabalhar. O coitado fica nessa borracharia, tira um real, dois. Tem dia que não entra nenhum tostão. Aí ele “olha mãe, toma aí”. Eu já vou e compro a bolacha dele e o arroz – conta dona Maria de Fátima.

O médico Eudes Godoy, chefe do setor de cirurgia bariátrica do hospital Onofre Lopes em Natal, afirma que a capacidade de internamento do hospital é limitada.

- Na verdade, a grande razão é uma demanda muito grande que nós temos de casos tão graves ou mais do que o dele – diz o médico.

Mas ele dá uma nova esperança para o gordinho, como é conhecido.

- Assim que terminar o recesso de final de ano, agora na segunda semana de janeiro, o que deve coincidir com a alta de um paciente que nós temos internado que está tratando de um caso de infecção, em virtude da obesidade, nós devemos interná-lo. É o próximo da lista. Evidentemente que há ainda um risco de nós termos alguém mais grave e tenhamos que internar antes. Mas eu estou muito confiante de que dessa vez nós vamos conseguir fazer o internamento dele – afirma o médico Eudes Godoy.