Fim de investigação: Polícia Civil conclui inquérito sobre suposto esquema de pedofilia. Seis pessoas foram indiciadas

última modificação 02/02/2012 Fonte: Super Canal
De acordo com a Polícia, treinador Maguila comercializava crianças e falsificava documentos. Cantor Agnaldo Timóteo se manteve como testemunha

Foi através de uma nota à imprensa que a Polícia Civil de Caratinga anunciou a conclusão do inquérito
instaurado para investigar o suposto esquema de pedofilia em Caratinga e região. Há cerca de sete meses a apuração teve início, no mês de janeiro a operação contra ataque colocou atrás das grades seis pessoas que poderiam estar envolvidas. Nesta terça-feira, 02 de janeiro, a Polícia chegou à conclusão a respeito do caso após a apuração.
A investigação tinha como responsabilidade responder se os suspeitos faziam parte de uma rede de exploração sexual de menores. De acordo com a Polícia Civil, durante as investigações descobriu-se que o treinador Cláudio Rogério Alves, conhecido como Maguila, aliciava menores para manterem relações sexuais homossexuais em troca de dinheiro, presentes e materiais esportivos. Depois de sete meses de investigação a Polícia também concluiu que os clientes de Maguila são: Wanderlei dos Reis Paulino, conhecido como Vanderlei da funerária ou Vando; Fábio Mafra da Fonseca; Leonardo Hebert Brandão; Celso Nunes Pereira; João Vieira de Carvalho, conhecido como João Maranhão e David Henrique Cristóvão Senra.
A investigação também aponta que Maguila guardava em sua casa e no departamento de esportes da prefeitura vários documentos de menores (certidões e carteiras de identidade), selos de cartório e diversos carimbos de cartórios e escolas. Maguila, segundo a Polícia, praticava o famoso “gato”, ou seja, falsificava documentos públicos para alterar a idade dos jogadores, afim de que pudessem participar de campeonatos e testes em categorias de base.
A Polícia Civil ouviu o depoimento de todos os investigados. Os comparsas de Maguila confirmaram que o treinador oferecia menores para eles, mas eles negam que um dia teriam aceitado a oferta. Já Maguila diz que os outros investigados já lhe solicitaram menores, porém ele se negou a intermediar encontros.
Além dos seis suspeitos, a Polícia ouviu 26 pessoas. Na conclusão do inquérito, a Polícia indiciou o treinador Maguila pelo crime de falsificação de documentos públicos, formação de quadrilha e favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável. Já Wanderlei dos Reis Paulino, o Vando; Fábio Mafra, David Henrique, João Vieira, o João Maranhão e Celso Nunes Pereira indiciados pelos crimes de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável e formação de quadrilha.
Leonardo Hebert Brandão da Cruz, conhecido como Léo, não foi indiciado pela Polícia Civil, já que após extensa investigação não foram encontrados elementos informativos suficientes para incriminá-lo.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público na tarde desta quinta-feira com as acusações. Agora o caso segue nas mãos da promotoria.


DENÚNCIA


De acordo coma delegada responsável pelo caso, Nayara Travassos, em julho de 2011 um casal procurou a delegacia especializada de orientação à família para o registro de uma ocorrência. De acordo com o inquérito trata-se de uma criança de 14 anos que teria viajado para  região dos Lagos do Rio de Janeiro com outro colega de 14 anos na companhia de dois maiores, que seriam Celso Nunes e João Vieira de Carvalho, conhecido como João Maranhão.
Os investigadores da Polícia Civil iniciaram a apuração e receberam a requisição do Ministério Público no sentido de instaurar o inquérito policial. João Maranhão apresentou-se espontaneamente a unidade policial e prestou depoimento por três horas. Em seguida, conduzido ao Presídio de Caratinga para cumprimento de prisão preventiva.
Em busca de provas veio a informação de que através do número 181 o treinador Maguila estava sendo denunciado. O treinador aproveitava de sua proximidade com os jogadores, todos menores de 18 anos, e o os induzia, submetia e atraía à prostituição. A denúncia apontava ainda João Maranhão como o financiador do esquema.  A partir de então a polícia deu início a uma rigorosa apuração, no resultado final da operação contra ataque foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos, inclusive, no Departamento de Esportes da Prefeitura de Caratinga, local de trabalho do treinador Maguila, e residências das vítimas. Computadores foram apreendidos, celulares, preservativos, DVD’s e CD’s pronográficos e Gel lubrificantes,

APURAÇÃO


A Polícia tinha em mãos um vasto material para ser analisado. Os seis suspeitos ficaram detidos no Presídio de Caratinga, a princípio pela prisão preventiva, na sequência por um outro pedido solicitado pela delegada responsável pelo caso e acatado pela Justiça. E próxima de concluir a investigação a delegada conseguiu a prisão temporária, o seja, por tempo indeterminado.
Neste processo de confronto de informações, o cantor Agnaldo Timóteo foi intimado a depor, já que havia sido citado durante as investigações. Nas viagens ao Rio de Janeiro, o treinador Maguila pedia um ajuda ao cantor e chegou-se a cogitar que algumas crianças eram hospedadas em sua residência. Agnaldo negou e veio em defesa do amigo Maguila. 


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