Na mira dos terroristas, milhares de cristãos deixam o Oriente Médio

Os cristãos do Oriente Médio, alvo de um recente atentado da Al Qaeda contra uma igreja ortodoxa siríaca em Bagdá, estão divididos em inúmeras comunidade e sofrem uma crescente sensação de insegurança e de exclusão. De acordo com as Nações Unidas milhares estão deixando os países da região.
Berço do cristianismo, esta parte do mundo conta com 20 milhões de cristãos, cinco milhões deles católicos, entre os 356 milhões de habitantes da zona, segundo as cifras difundidas num sínodo sobre o Oriente Médio em outubro, no Vaticano.
Conflitos, instabilidade política, dificuldades econômicas, discriminação, perseguição ou crescimento do Islã radical são algumas das causas que fazem com que muitos deles decidam ir embora do país, principalmente do Iraque.
Os coptos (cristãos do Egito), em sua maioria ortodoxos, constituem a maior comunidade cristã do Oriente Médio, e representam, segundo estimativas, entre 6 e 10% dos 80 milhões de egípcios.
Apesar de sua comunidade ser muito diferente da dos siríacos católicos do Iraque, os coptos também estão, segundo o centro americano para a vigilância de sites islamitas (Site), ameaçados pela facção iraquiana da Al Qaeda, que cometeu o atentado de Bagdá.