Registros de ocorrências de abuso sexual infantil são alarmantes

Em 90% dos casos, os abusadores estão dentro da casa da vítima, afirma a delegada de Proteção e Orientação à Família, Naiara Travassos
Conclusões que assustam. “É grande o número de registros desta natureza, o alto índice deste registro até me assusta”, afirma a delegada Naiara.
Vítimas de uma dor e de um trauma que podem causar estragos pelo resto da vida.
No ano passado o Super Canal noticiou diversos casos envolvendo o abuso sexual de crianças e adolescentes. Na maioria dos casos o criminoso estava muito próximo. Quando não era o vizinho, estava dentro da casa da vítima.
Também confirma a delegada Naiara, que geralmente os agressores estão mais perto do que você imagina. O caso mais recente foi o de uma menina de apenas 11 anos de idade que no dia 31 de dezembro foi estuprada pelo próprio padrasto. O caso ainda está sendo investigado e o suspeito Ailton Albino Barbosa de 33 anos ainda não se apresentou à polícia para se defender e dar sua versão dos fatos.
Foi assim no caso que noticiamos em fevereiro do ano passado. Uma mãe acusou o vizinho de ter abusado sexualmente de seu filho de apenas 11 anos de idade. O menino sofre com problemas mentais. Em maio do ano passado também houve registros de denúncias de abuso sexual em uma escola da cidade de Ubaporanga. Três suspeitos tiveram que comparecer a delegacia para prestar depoimentos, mas na época os exames de corpo de delito não comprovavam o abuso, por isso tudo deve ser muito bem analisado. É o que também confirma a delegada de polícia. “O primeiro passo é o exame de corpo de delito. O trabalho do médico legista é extremamente importante nestes casos. Quando o trabalho é bem feito conseguimos as provas necessárias para comprovar o estupro”, explica.
Segundo ainda a delegada são poucos os casos que vão parar na mídia. Muitos não são revelados. E na maioria deles a família é ameaçada e tem medo de dar esclarecimentos até para a polícia.
E revela os registros de abuso sexual não estão diretamente ligados a situação econômica. “Existem casos sim que são registrados entre pessoas com melhor situação econômica”, afirma.