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Novas Notícias: estudantes encontrados em pousada em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte Polícia investiga se vazamento de gás matou casal em pousada em MG

Outra hipóteses, de homicídio seguido de suicídio e pacto de morte, não foram descartadas

A polícia de Minas Gerais investiga se o casal encontrado em uma suíte de luxo de uma pousada da Região Metropolitana de Belo Horizonte, morreu em decorrência de um vazamento de gás. Esta é a terceira hipótese da polícia, que também apura se houve um homicídio seguido de suicídio ou um pacto de morte. Os corpos de Gustavo Lage Caldeira Ribeiro e Alessandra Paolinelli Barros foram encontrados na quinta-feira (17) em um chalé de uma pousada em Brumadinho, onde o casal se hospedou para comemorar o primeiro ano de relacionamento. 
Um laudo divulgado pela Polícia Civil neste sábado (19) indicou uma dosagem acima do tolerável de monóxido de carbono nos corpos das vítimas. O exame comprovou a presença de carboxihemoglobina na concentração de 62% em Alessandra e 68% em Gustavo. De acordo com a perícia, a exposição por mais de uma hora a níveis acima de 60% leva à morte rápida.
Exames toxicológicos complementares ainda serão processados, assim como perícia no local, feita por equipe de engenharia legal, que também deve esclarecer o caso.

Os dois foram enterrados na tarde de sexta-feira (18). Ela foi sepultada em Carmópolis de Minas e o namorado, em Belo Horizonte. 
Parentes e amigos dizem não acreditar nas hipóteses de pacto ou de homicídio seguido de suicídio. Segundo eles, os jovens tinham um relacionamento tranquilo, apoiado pelas famílias.

O psiquiatra forense Hélio Lasmar diz que essas duas versões só se justificariam se o namoro fosse conturbado ou desaprovado pelos pais.
- Não se sabe se houve traição. Quando um casal está em crise, dificilmente viaja para um passeio romântico, a não ser que haja um delírio motivado por ciúmes.
A porta-voz da família de Ribeiro, a advogada Eliane Figueiredo, disse que os pais dele refutam completamente as versões de pacto e homicídio.
- O Gustavo era de uma família estruturada e feliz e não tinha motivos para cometer um desatino desses.
Em casa, o estudante era chamado de “grude” devido à proximidade que tinha com os pais e o irmão mais velho.
O laudo do IML (Instituto Médico Legal), divulgado na sexta-feira (18), apontou como indeterminada a causa da morte do casal 

Por causa do resultado inconclusivo do IML, a Polícia Civil pediu que fossem recolhidas amostras das vísceras de para fazer um exame toxicológico. O resultado dever ser divulgado em até 40 dias.

Mortes
As mortes foram descobertas depois que a família da jovem estranhou o sumiço do casal. Ao sair de casa, na última terça-feira (15), ela teria garantido ao pai que retornaria no dia seguinte, o que não aconteceu. 

Na quinta, parentes da moça acionaram a polícia. Um pedido de ajuda do irmão fez com que as amigas revelassem onde ela estaria hospedada com o namorado. A polícia seguiu para a pousada acompanhada de um amigo da família. No local, funcionários confirmaram a presença dos clientes, mas afirmaram que eles não eram vistos desde a noite de terça-feira (15). 

Como o casal não respondeu aos chamados, os investigadores abriram a porta do chalé com a chave reserva e encontraram os dois corpos sobre a cama. O homem estava nu, caído sobre a mulher, que usava apenas peças íntimas. As mortes teriam acontecido na noite de quarta. 

De acordo com a delegada Cristina Coelli, da Delpd (Divisão de Localização de Pessoas Desaparecidas), o rapaz tinha um corte de cerca de um centímetro no supercílio esquerdo. No corpo da moça, não havia ferimentos aparentes. A cena da tragédia sugere que não há testemunhas do que teria acontecido. O quarto estava trancado por dentro e não há vestígios de uma terceira pessoa no local.