Duas colaboradoras foram encaminhadas ao PAM. Suspeita é de que mingau de milho verde tinha cocaína, após ser servido por recuperando
A ocorrência de tentativa de homicídio foi registrada na noite desta segunda-feira (28/03), na sede APAC, a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, localizada no Córrego dos Bias. Conforme registrado em boletim de ocorrência da Polícia Militar, a gerente Ana Maria de Souza, de 36 anos e a assessora jurídica Sandra Marcina Guedes, de 39, foram socorridas e encaminhadas a atendimento médico após terem
consumido dentro da instituição um mingau de milho verde. As colaboradoras foram encaminhadas ao PAM e segundo relatos teriam sido envenenadas.
Ainda segundo relatado em ocorrência, as vítimas foram atendidas pelo médico plantonista, que constatou sinais de intoxicação exógena, agitação, tremores intensos, taquicardia, crise hipertensiva, alucinações visuais, produzida por droga exógena provavelmente cocaína
A Polícia Militar encaminhou à delegacia Adilson Rosa de Jesus, de 31 anos, que foi apontado por uma das vítimas como o autor do crime. O motivo teria sido vingança. Conforme relatado por soldado Suelen Mafra, uma das vítimas informou à equipe de policiais que atendeu a ocorrência que o recuperando Adilson teria o desejo de se vingar, já que tinha a informação de que um documento estava sendo preparado para ser enviado à Promotoria, solicitando que o mesmo cumprisse pena em regime fechado, diante das denuncias de que sua namorada estaria levando drogas para o centro de recuperação e o recuperando era o responsável pela comercialização.
O caso segue em investigação na 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil. O delegado responsável pelo caso, Almir Lugon, destacou que foi instaurado inquérito e a Polícia pretende ouvir todos os envolvidos no caso e realizar uma perícia minuciosa no alimento consumido pelas vítimas, afim de comprovar se houve ou não o envenenamento e a autoria do crime. A perícia será realizada em Belo Horizonte.
Adilson, que cumpre pena em regime semi-aberto, foi ouvido pelo delegado de plantão, Ivan Lopes. Ele negou qualquer participação e ainda destacou que outras pessoas também consumiram o alimento e nada sofreram.