Notícia

Polícia estuda exumar corpo de jovens que morreram afogadas


Exame nos corpos das duas adolescentes pode esclarecer dúvidas sobre mortes misteriosas em rio do Sul de Minas


A Polícia Civil de Itajubá, no Sul de Minas, considera a possibilidade de exumar os corpos das duas adolescentes que morreram afogadas no Rio Sapucaí, próximo à cidade, em 1º de maio. O exame poderá ajudar a esclarecer dúvidas sobre o caso, que ganhou ares misteriosos depois que um vídeo divulgado na internet mostra as jovens gritando e desaparecendo nas águas.

Michelle Tainá Bittencourt, de 16 anos, e Vanessa Cristina Moreira, de 17, se divertiam com amigos quando morreram. O delegado José Walter Mota já colheu o depoimento de seis pessoas, mas só pretende concluir o inquérito quando ouvir outras 14 que tiveram algum contato com as meninas ou que estavam no rio no dia dos afogamentos.

O médico legista José Henrique Schumam examinou os corpos e diz que não encontrou qualquer indício de violência ou ataque animal. No vídeo, um elemento não identificado aparece próximo às adolescentes e afunda em seguida. As meninas gritam e submergem.

“Nenhum familiar falou sobre a suspeita de que uma cobra pudesse ter atacado as garotas”, diz o legista. Ele confirma que foram feitos, então, somente exames externos nos cadáveres, que apontaram sinais típicos de vítimas de afogamento.
 

Versão sobre “cobra gigante” ganha força

A hipótese de uma cobra assustando ou mesmo enlaçando e puxando as adolescentes para o fundo do rio é a possibilidade mais comentada na rede mundial de computadores. Biólogos afirmam, no entanto, que não há grandes serpentes na região, como a sucuri, por exemplo – o que aumenta o mistério.

Uma prima das vítimas contou ao delegado que crianças comentaram, no feriado, terem visto uma grande cobra no local, mas ninguém as levou a sério. O perito criminal Eliéber Teixeira, que assistiu ao vídeo várias vezes, continua achando que algo assustou as meninas. “Elas estão paradas, com a água no tórax, e de repente gritam daquele jeito e começam a afundar. É muito estranho”, diz.

Bombeiros explicam que, naquela região, o Rio Sapucaí tem um leito cheio de armadilhas, com locais rasos ao lado de buracos de até quatro metros de profundidade. No mesmo lugar, já houve outras quatro mortes este ano. João Batista Pereira, morador do Bairro Canta Galo, por onde passa o curso d’água, conta que ele e os vizinhos já viram uma cobra enorme no local algumas vezes. “A gente tem medo até de pescar aí”.


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