Caratinga: Verdadeiro assassino de Julio se entrega à polícia e diz que matou o jovem após desentendimento em bar


última modificação 25/08/2011 
Fonte: Super Canal
Cidade: Caratinga
Passado quase dois meses do homicídio, na tarde desta quarta-feira (24), o verdadeiro assassino de Julio se entregou e confessou ter praticado o crime à polícia. O nome dele é Luiz Gomes da Silva de 20 anos

Julio Cesar da Silva Moraes de 23 anos foi morto com quatro disparos no último dia 6 de julho, quando caminhava pela Travessa Ramiro Caetano, no Bairro Esperança. No mês em que aconteceu o assassinato, segundo apurado pelas Polícias Militar e Civil, o crime estaria ligado a uma dívida de drogas. Passado pouco mais de 12 horas após o homicídio, os militares conseguiram prender um dos acusados de ter executado Julio na época.
O nome dele é Michael Francis Norbiato, vulgo “Capixaba”. Quando o Super Canal exibiu a reportagem, Michael negou ter matado Julio: “Não, não fui eu. Eu estava em casa com minha mulher. Pode perguntar a ela, eu estava trabalhando. Não tenho nada a ver com isso”, disse.
No dia de sua prisão, “Capixaba” foi encontrado pelos policiais na casa de Lúcio Gomes da Silva, de 32 anos, mais conhecido no meio policial como “Lucinho”. Conforme apurado pelas polícias, “Lucinho” seria o mandante do crime cometido contra Julio. Passado quase dois meses do homicídio, na tarde desta quarta-feira (24/08), o verdadeiro assassino de Julio se entregou e confessou ter praticado o crime à polícia. O nome dele é Luiz Gomes da Silva de 20 anos.  
O jornalismo do Super Canal conversou com exclusividade com o Max Capella, advogado de defesa do autor do homicídio. De acordo com Max, Luiz alegou que teria matado Julio após um desentendimento entre os dois e receber constantes ameaças: “Segundo ele, por volta de três a quatro meses antes dos fatos, ele veio residir em Caratinga vindo de Ponte Nova. Ele disse que esteve num bar no Bairro Esperança e sem querer esbarrou no Julio dentro desse bar. O Julio já estava fazendo uso de bebida alcoólica, não gostou desse ‘esbarrão’, partiu para a agressão, e começou a provocar o Luiz. Então, os dois entraram em luta corporal. Parece que, o Julio levou desvantagem nessa briga e a partir daí, passou a ameaçar o Luiz de morte. Segundo o Luiz, recados sempre chegavam até ele de que Julio iria matá-lo e que ele teria envolvimento com drogas e seria uma pessoa perigosa. Com essa premissa, Luiz adquiriu em Belo Horizonte, uma arma de fogo, e passou a andar armado para prevenir qualquer possível agressão por parte do Julio. No dia dos fatos, eram por volta de 22 horas, o Luiz deparou com Julio na “Rua da Cadeia” e o Julio teria dito para o Luiz: “Luiz é agora!”. Temendo uma agressão e acreditando que Julio pudesse estar armado, o Luiz antes que ele fizesse alguma coisa, sacou a arma que ele estava e disparou contra o Julio”, disse.     
O advogado também disse o que Luiz teria feito com a arma, um revólver calibre 32, depois cometer o assassinato. “Ele escondeu a arma próximo a um matagal de um cemitério, foi na casa que morava, na Rua Muriaé, pegou uma peça de roupa e foi embora para Santa Bárbara Leste para a casa de um irmão, ficando lá até agora escondido”, afirmou Max.
Até então, Luiz não tinha nenhuma passagem pela polícia e vai responder pelo crime em liberdade, já que ele não foi preso em flagrante. “O inquérito desse homicídio já está praticamente relatado e concluído pela autoridade policial que inclusive remeteu para a Justiça. O Luiz foi ouvido hoje pelo delegado responsável, que vai encaminhar essa oitiva para a Justiça. Lá chegando, o Ministério Público ao tomar ciência, provavelmente vai fazer um aditamento da denúncia incluindo o nome do Luiz como autor desse homicídio. Ele vai responder a princípio em liberdade, porque não houve flagrante e não tem motivo nenhum que justifique a prisão preventiva dele”, destacou Max.
Em relação ao “Capixaba” e ao “Lucinho”, que também foram envolvidos no inquérito policial, de acordo com Max Capella, hipoteticamente, os dois devem continuar envolvidos no processo. “Segundo o que consta no relatório do delegado, o “Capixaba” teria confessado a autoria desse homicídio. Mas segundo o Luiz, ele não sabia o porquê que “Capixaba” teria feito essa confissão. O que ele sabe é que uns cinco dias antes dos fatos, o “Capixaba” teria ameaçado já o Julio de morte por causa de uma dívida. Passado cinco dias, o Julio é morto. Então, automaticamente, as suspeitas todas cairiam sobre o “Capixaba”. O Luiz me confidenciou que acredita que o “Capixaba” tenha sido coagido de alguma forma para assumir a autoria desse homicídio.


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