Investigados e testemunhas intimados a depor em processo do Ministério Público que apura possível Mensalão em Caratinga

última modificação 08/02/2012 Fonte: Super Canal
Depoimentos serão colhidos nesta sexta-feira
Nesta sexta-feira (10/02) a 2ª Promotoria de Justiça de Caratinga irá colher o depoimento de investigados e testemunhas no processo de investigação do Ministério Público que busca apurar o teor de vídeos que apontam um suposto esquema de “mensalão” em Caratinga.

Todos os supostos envolvidos e testemunhas foram notificados pela promotora Paula Lino da Rocha Lopes, que faz parte do Grupo Especial de Promotores de Justiça e Defesa do Patrimônio.

Segundo despacho publicado em jornal de circulação local foram intimados a prestarem esclarecimentos como investigados no processo o prefeito de Caratinga João Bosco Pessine, o primeiro a depor no caso e deverá estar presente ao meio-dia desta sexta-feira na 2ª. promotoria de Justiça de Caratinga. E ainda como investigados foram intimados o vereador Altair Soares da Silveira, o Tairinha; Cleider Costa de Medeiros, o Cleidinho; Emerson da Silva Mattos, o Irmão Emerson; Ricardo Heleno Gusmão e Ronilson Marcílio.

Também depõem como investigados no processo o ex-secretário de desenvolvimento econômico e turismo, Edson Soares; o ex-chefe de gabinete, Edwy Júnior e a secretária de fazenda, Angelita Lelis.

A apuração iniciada pelo Ministério Público irá também ouvir testemunhas, que diante da proximidade com o trabalho de alguns dos investigados poderão contribuir no processo. Portanto, foram intimados como testemunhas os vereadores João Anselmo, o João das Mudas; João de Freitas Fidélis, o João Angola; Tomé Lucas Pereira, Valter Cardoso e o presidente da Câmara João Roberto Leodoro, Mestre.

A denúncia sobre o suposto esquema de corrupção em Caratinga envolvendo os poderes legislativo e executivo foi desencadeada através do depoimento do ex assessor de geoprocessamento da Prefeitura, Robson Bastos, em dezembro de 2010.

Os vídeos que mostram imagens de conversas, possíveis negociações e repasse de dinheiro dentro da Prefeitura ganharam a internet e Caratinga foi tema negativo dos principais jornais do estado e do País.

Nesta sexta-feira, dia 10, o Ministério Público dará prosseguimento a mais um capítulo desta história envolta de mistério e questionamentos. Se comprovada a denúncia do Mensalão em caratinga, este será o maior escândalo político do municio. 


OPERAÇÃO ESPECIAL



No dia 24 de janeiro deste ano, o Ministério Público realizou uma operação especial,  ajuizou a ação cautelar de busca e apreensão contra cinco vereadores: Emerson da Silva, Ricardo Gusmão, Altair Soares, Ronilson Marcílio e Cleider Costa de Medeiros  
Mandados de busca a apreensão também foram cumpridos na casa da secretária de fazenda, Angelita Lelis; do secretário exonerado de desenvolvimento econômico e turismo, Edson Soares; do chefe de gabinete, também exonerado, Edwy Júnior e na residência do prefeito da cidade, João Bosco Pessine. 36 policiais militares de Ipatinga e Belo Horizonte, 15 oficiais de justiça e promotores da capital mineira participaram da ação.
Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na Câmara Municipal e na Prefeitura.  No órgão do poder executivo as equipes estavam devidamente autorizadas a vasculhar o gabinete do prefeito, salas das secretarias da fazenda e desenvolvimento econômico e turismo e chefia de gabinete. A liminar deferida pelo juiz de direito da 2ª vara cível de Caratinga, Alexandre Ferreira, concedia autorização para busca e apreensão de documentos públicos ou particulares, como correspondências, contratos, agendas, relatórios, boletos, extratos e comprovantes de transações bancárias, computadores, dentre outros objetos necessários à prova dos ilícitos.  Após cerca de duas horas de operação, os materiais coletados nas residências e órgãos públicos foram colocados dentro das viaturas e levados ao Fórum Desembargador Faria e Souza. 
O ex assessor de geoprocessamento da Prefeitura repassou à 2ª.  Promotoria de Justiça da Comarca de Caratinga um DVD contendo 78 vídeos.
O juiz de direito Alexandre que deferiu a liminar para a cumprimento de mandados de busca e apreensão, destacou na ocasião que o conteúdo dos vídeos e o teor da denúncia são passíveis de uma investigação mais aprofundada.  De posse do material recolhido, pode ser que o Ministério encontre provas para inocentar ou acusar os envolvidos neste processo de investigação.


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