Atualmente, a Divisão de Referência da Pessoas Desaparecida procura 2.775 pessoas em Minas. Desse total, quase a metade (1.376) são homens com idade entre 18 e 59 anos. Entre os adolescentes, o índice é de 12% e crianças, 3%. Idoso são 11% dos casos.
Titular da divisão, a delegada Cristina Coelli diz que o aumento dos registros se deve ao processo da desconstrução do mito das 48 horas exigidas para a notificação do sumiço. “Não há lei exigindo esse prazo. Em caso de vulneráveis, como crianças e adolescentes, uma lei federal obriga a busca imediata”, explica.
A delegada ressalta que a internet, por exemplo, facilita as buscas e as primeiras horas são essenciais para localizar o desaparecido. “Existem casos nos quais a pessoa poderia ter sido encontrada viva se o sumiço fosse comunicado rapidamente”, enfatiza.
Uma das buscas realizadas atualmente é pela adolescente Michele de Souza Ferreira, desaparecida em 1º de agosto de 2008, aos 11 anos, em Ponte Nova, Zona da Mata. Tia dela, Íris Aparecida de Souza conta que a menina sumiu no percurso entre a casa e a escola. A mochila dela foi localizada numa estrada da zona rural. “A família toda sofre, o pai dela adoeceu. Mas mantemos a esperança”, diz.
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