O crime aconteceu em setembro do ano passado, em frente a um bar da cidade turística de Goiás
EUGÊNIO MORAES
Ary da Abadia Garcêz, acusado de executar o prefeito goiano, é apresentado pela Polícia Civil
A Polícia Civil de Minas Gerais e de Goiás apresentaram na manhã desta quinta-feira (20) o suspeito de assassinar o prefeito de Alto Paraíso, em Goiás, Divaldo Wiliam Rinco (PSDB), 51 anos. O marceneiro e diretor do Conselho Comunitário de Segurança de Alto Paraíso, Ary da Abadia Garcêz, 56 anos, foi preso na tarde de quarta-feira última, na Zona Rural de Betim, na Grande BH.
O diretor-geral da Polícia Civil de Goiás, Edemundo Dias de Oliveira Filho, acredita que o crime tenha motivação política, além de outros envolvidos. “A vítima e o suspeito apoiavam candidatos contrários ao Governo do Estado. Além de prendermos o principal suspeito, também vamos esclarecer se existem autorias indiretas e, portanto, não descartamos outras prisões”, destacou. Segundo ele, ainda não é possível afirmar se o crime foi premeditado. Pai do vereador Weberton Pereira Garcêz (DEM), Ary Garcêz nega participação no homicídio.
O crime aconteceu em setembro do ano passado em frente a um bar de Alto Paraíso. Rinco foi atingido por dois tiros e morreu a caminho do hospital. Desde então, Ary Garcêz não foi mais visto na cidade. Segundo Edemundo Dias, o crime foi testemunhado por várias pessoas e todas apontaram o marceneiro como o atirador. “Passamos a monitorar a família dos acusados e descobrimos que eles estavam viajando com frequência para Betim e Esmeraldas, onde residem familiares de um deles”, disse.
Durante a apresentação do suspeito, o chefe do Grupo de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil de Minas, Vanderson Gomes, informou que a polícia mineira foi acionada na primeira semana de janeiro, quando passou a monitorar as cidades mencionadas. “Descobrimos que Ary estava trabalhando como caseiro em um sítio da região, onde foi preso tentando se esconder em um dos cômodos”.
Seguindo a recomendação do Ministério Público, o suspeito não será encaminhado à delegacia de Alto Paraíso – já que o crime provocou grande comoção naquele município. Ary ficará detido no Núcleo de Custódia, no setor de Segurança Máxima de Goiânia, a 400 quilômetros de Alto Paraíso. Em 2010, Goiás registrou dez ocorrências policiais por motivação política.