Justiça de Manhuaçu entendeu que os dois policiais militares de Simonésia, acusados pela morte de pedreiro, podem atrapalhar o recolhimento de prova

Justiça decreta prisão preventiva de policiais militares

última modificação 20/01/2011
Justiça de Manhuaçu entendeu que os dois policiais militares de Simonésia, acusados pela morte de pedreiro, podem atrapalhar o recolhimento de prova
Mais um capítulo sobre o caso que investiga a morte do pedreiro Expedito Alves de Oliveira, da cidade de Simonésia, no dia 03 de janeiro.
A Justiça de Manhuaçu decretou a prisão preventiva de dois policiais militares acusados de assassinato.  De acordo com as investigações, um dos policiais teria sido o autor das agressões. O outro, segundo apurado, presenciou o espancamento e permaneceu inerte. Depois da agressão, conforme consta no inquérito, os acusados teriam lavado os sangramentos da vítima antes de realizarem a apresentação para a Polícia Civil.
Segundo relato pelo promotor de Justiça de Manhuaçu Fábio Santana Lopes, "nessas circunstâncias, constata-se que os investigados agiram com manifesta intenção de ocultar o crime praticado, o que é prova plausível de que eles, caso estejam em liberdade, estarão predispostos a atrapalhar o recolhimento de provas”.

Em razão disso e temendo a liberação dos acusados por parte da Justiça Militar, o promotor de Justiça elaborou, no último dia 13, um novo pedido de prisão preventiva que foi acatado pela juíza de Direito Renata Bomfim Pacheco. O promotor de Justiça Fábio Santana explica ainda que foram feitos dois pedidos de prisão preventiva distintos porque há dois inquéritos: um da Polícia Militar e outro da Civil. No entendimento de Fábio Santana, por se tratar de crime doloso contra a vida praticado por policiais militares contra civil, a competência para o julgamento do caso é da Justiça Comum Estadual, nos termos do artigo 125, parágrafo 4º, da Constituição Federal, e do artigo 9º, parágrafo único, do Código Penal Militar.
Os acusados já foram chamados a prestar depoimento, mas ambos utilizaram o direito de não falar e se negaram a dar qualquer declaração na Polícia Civil.
Expedito teria recebido voz de prisão por causa de uma infração de trânsito - entregar veículo (motocicleta) a pessoa não habilitada. No caminho até a 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Manhuaçu - para onde Expedito Alves e o condutor da motocicleta estavam sendo conduzidos -, teria ocorrido a agressão (chutes) que ocasionou a morte de Expedito

Notícia enviada por  http://ocorvo-veloz.blogspot.com/2011/01/exclusivo-justica-acata-pedido-do-mpmg.html
Imagens: TV Catuaí - Manhuaçu