Mata a namorada a tiros e suicida

Jovem tem ataque de fúria após discutir com mulher com quem estava junto há três anos, em Lagoa Santa


02/01/2011



Um réveillon tragicamente inesquecível para a família do motoboy Rude Fagundes Leite, de 28 anos. Na noite da virada, o rapaz matou a namorada e suicidou, no bairro Promissão, em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte. Jerféssia Karuzy Heloane Silva, de 23 anos, foi morta com dois tiros na cabeça. O autor dos disparos e a jovem namoravam há 3 anos. Rude tinha passagem pela polícia por tráfico e uso de drogas.



O crime aconteceu por volta das 3h30 do sábado, quando o casal chegou na casa do rapaz, depois de ter ido a uma festa de Ano Novo, e começou a discutir.

A família de Rude ainda estava acordada e percebeu que o casal brigava antes dos disparos.
Uma vizinha, que pediu para não ser identificada, contou que Jeférssia tomava banho quando foi tirada do banheiro à força pelo namorado.

Rude, então, atirou dentro do quatro. De acordo o Boletim de Ocorrência do 36º Batalhão da Polícia Militar, o irmão de Rude, Ricardo Manuel Fagundes, foi quem acionou a polícia.

A vizinha contou sobre o que ouviu na casa de Rude. "O Ricardo ouviu um disparo vindo do quarto e percebeu que isso fez a discussão parar. Daí o Rude saiu em direção ao portão, a família até achou que ele ia sair de moto para esfriar a cabeça, mas, depois, viram ele voltando para o quarto, quando ouviram mais três disparos".

Ainda segundo a vizinha e amiga da família, os irmãos do rapaz tentaram impedí-lo de se matar, mas foram ameaçados pelo jovem.

"Ele falava que se tentassem impedi-lo que sobraria para o pessoal também", contou a mulher que passou toda a manhã apoiando a família.

"A dona Geralda (mãe de Rude) está muito abalada, chorando o tempo todo e tremendo muito. O tempo todo ela diz 'por que você fez isso comigo, meu filho?'", contou a vizinha.

A reportagem foi até a casa de Rude, onde ocorreu o crime, e encontrou o pai do rapaz, seu Divino Fagundes, muito abalado, acompanhado de vizinhos e amigos.

A família não quis dar entrevista. O motivo da briga do casal que teria levado às mortes eram desconhecidos até o fechamento desta edição. Até a tarde de ontem, parentes da mulher assassinada ainda não tinham procurado pelo corpo no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte.
Conhecido pela polícia
Rude era conhecido pela polícia como Rudim, segundo informou o soldado Marques, do 36º Batalhão da PM, "Eu conhecia a namorada dele também. Já vi os dois juntos e, aparentemente, eles tinham uma vida normal, mas ele tinha passagem pela polícia, era usuário de drogas", afirmou o soldado que não descartou a possibilidade de que Rude estivesse drogado na hora do crime.

A polícia encontrou o revólver calibre 38, com quatro cartuchos deflagrados e uma porção de substância semelhante a cocaína. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, no bairro Gameleira.