Polícia prende ‘maníaco do viaduto’ em Juiz de Fora


Os crimes do serial killer de Juiz de Fora tinham as mesmas características: violência sexual e assassinato


JUIZ DE FORA – A Polícia Civil de Juiz de Fora prendeu, na manhã desta quinta-feira (6), o pedreiro Alexandre da Silva, de 35 anos, conhecido como “maníaco do viaduto”, suspeito de estuprar quatro mulheres e de matar duas delas, que, segundo a polícia, seriam prostitutas.

Detido em casa, em um Bairro da Região Sudeste da cidade, o homem já havia sido condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato de outras duas mulheres, praticado em Santana do Deserto, em 2001.

Os investigadores chegaram até o suspeito depois de uma jovem, de 20 anos, ter conseguido escapar do criminoso, na última terça-feira. Ela se fingiu de morta e se atirou nas águas do Rio Paraibuna, nadando até a outra margem, onde conseguiu ajuda.

A terceira vítima é irmã de uma das duas mulheres que teriam sido assassinadas por Alexandre. Uma quarta vítima também conseguiu se livrar do criminoso.

“Elas apontaram o suspeito”, informou o delegado Carlos Eduardo Rodrigues, responsável pela investigação. Segundo ele, os quatro crimes praticados em Juiz de Fora apresentam características de assassinatos em série (serial killer). “Todas foram agredidas da mesma forma. Houve violência sexual e, depois, a tentativa de matar”, revelou.

Das duas mulheres assassinadas nos últimos dois meses, a primeira teve o corpo localizado num sítio na mesma região onde Alexandre reside. No dia 19 de dezembro, o cadáver de outra mulher, que estava nua e com sinais de violência sexual, foi achado embaixo de um viaduto na Avenida Brasil, no Bairro de Lourdes, também na Zona Sudeste. Segundo a polícia, Alexandre confessou ter praticado pelo menos um crime no momento da prisão. De posse do mandado de prisão, os detetives localizaram uma faca e um facão, possivelmente usados nos crimes. Dois bonés que estavam na casa do suspeito também foram reconhecidos pelas vítimas.

“Não tínhamos noção de que os quatro casos haviam sido cometidos pela mesma pessoa até o aparecimento das vítimas que sobreviveram”, revelou o delegado. A polícia vai investigar se o pedreiro é responsável por outras ocorrências de violência sexual e morte de mulheres em Juiz de Fora.