Promessa agora é que obras serão incorporadas ao projeto de duplicação da BR-381
MG
12/01/2011
Alex Ferreira
Moradores do Nova Esperança, antigo "Porto do Bote" aguardam passarela desde que o contorno rodoviário foi inaugurado em 2005
TIMÓTEO – Uma reivindicação antiga dos moradores do bairro Nova Esperança, situado às margens da BR-381, em Timóteo, será novamente adiada. Dede a inauguração do contorno rodoviário, a população local pede a construção de uma passarela no trecho considerado mais perigoso que dá acesso ao bairro Alegre. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) as obras da passagem segura para pedestres serão incorporadas ao projeto de duplicação da rodovia.
Ainda de acordo com o Dnit, a expectativa é de que até o final do ano seja iniciado o processo licitatório para a contratação das empresas que irão executar as obras de duplicação em cinco lotes no trecho entre João Monlevade e Governador Valadares.
Enquanto isso, a comunidade do Nova Esperança mantém a dúvida se a obra vai realmente sair do papel. O presidente da Associação de Moradores, Marcílio dos Santos, conta que desde as primeiras conversas para a construção da passagem, foram feitas pelo menos trinta viagens à sede do órgão em Belo Horizonte. “Mas, até hoje nenhuma resposta foi dada. Ficamos sabendo de alguma coisa somente por meio da imprensa. Os vereadores não querem ir aos bairros e atentar para os problemas da população”, reclama.
Doação
Em 2006, a Vale do Rio Doce doou um projeto para a construção de uma passarela no Km 466 da rodovia. O objetivo era facilitar o acesso dos moradores do Nova Esperança ao bairro Alegre. Pelo projeto original a passagem teria 200 metros de comprimento. Porém, a proposta foi rejeitada pelo Dnit por causa de falhas no projeto.
Em 2006, a Vale do Rio Doce doou um projeto para a construção de uma passarela no Km 466 da rodovia. O objetivo era facilitar o acesso dos moradores do Nova Esperança ao bairro Alegre. Pelo projeto original a passagem teria 200 metros de comprimento. Porém, a proposta foi rejeitada pelo Dnit por causa de falhas no projeto.
Em março de 2010, o DIÁRIO DO AÇO publicou uma reportagem apontando os problemas encontrados pelo Dnit. Na época, o órgão federal informou que as falhas já haviam sido corrigidas pela Vale e um processo de licitação seria aberto para a contratação da empresa que iria executar as obras da passarela. Naquela oportunidade, não havia previsão para a publicação do edital. Hoje a conversa é outra e os moradores terão que esperar pela duplicação da rodovia para ver se de fato a passarela será viabilizada.
Técnicos do Dnit realizam medição no Nova Esperança
O presidente da Associação de Moradores do bairro Nova Esperança, Marcílio dos Santos, disse que há três meses funcionários do Dnit estiveram no local para realizar medições. Segundo ele, os técnicos alegaram que, para as obras de duplicação da BR-381 seriam necessários mais 55 metros da margem da rodovia para dentro.
Se o Dnit for realmente precisar da área, a rua Beta deixaria de existir. “A única coisa que eles me explicaram foi isso, acrescentando que, nesse caso, haveria indenização para a remoção dos moradores”, citou o presidente.
Repórter : Gizelle Ferreira