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Crânio de macaco de 20 milhões de anos é achado


Cientistas acreditam que descoberta poderá contribuir com os estudos sobre a evolução na região


CAMPALA - Uma equipe de arqueólogos de Uganda e França anunciou nesta terça-feira (2) a descoberta de um crânio de macaco de 20 milhões de anos no nordeste de Uganda, acrescentando que o feito pode contribuir com os estudos sobre a evolução na região.

"Esta é a primeira vez que um crânio completo de um macaco dessa idade é descoberto. É um fóssil de extrema importância, que irá colocar Uganda no mapa do mundo científico", afirmou em Campala o paleontólogo Martin Pickford, do College de France, de Paris.

O crânio fossilizado pertenceu a um Ugandapitchecus Major, primo remoto dos grandes símios atuais, que viveu na região há cerca de 20 milhões de anos. A equipe descobriu os restos em 18 de julho, quando procurava fósseis nas proximidades de um vulcão extinto, na região remota de Karamoja, no nordeste de Uganda.

Estudos preliminares do fóssil mostram que se tratava de um herbívoro que subia em árvores, e que morreu quando tinha cerca de 10 anos. Ele possuía a cabeça do tamanho da de um chimpanzé, e o cérebro do tamanho do de um babuíno, disse Pickford.

A professora Brigitte Senut, do Musee National d'Histoire, informou que os restos serão levados até Paris para serem examinados e documentados, antes de serem trazidos de volta a Uganda, em cerca de um ano.

Há 25 anos, paleontólogos da França visitam Uganda em expedições financiadas pelo governo francês, contou a professora. Região menos desenvolvida de Uganda, as planícies áridas de Karamoja têm sido pacificadas nos últimos anos, após décadas de insegurança ligada a um conflito entre comunidades nômades.
    


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