última modificação 26/01/2012 Fonte: Super Canal
Conselho Tutelar já tentou ajudar, mas a situação é complexa
A criança tem apenas 12 anos de idade, ao ser abordado esconde o rosto, mas a caratinguense preocupada com a questão garante: ele está sem comida, sem banho, abandonado. “Um dia ele dormia de boca aperta e tinha mosquito dentro da boca dele. É uma criança, isso não pode acontecer, alguém tem de fazer alguma coisa para ajudá-lo”, desabafou.
Em uma sociedade globalizada, quando o diferente acaba se tornando indiferente, muitas vezes existem barreiras até para ajudar. Acompanhamos a caratinguense que nestes oito dia de contato vem tentando estreitar o laço com a criança. Ela pergunta se ele tomou banho e a resposta com a cabeça encoberta é não. Com muito sono, a criança não quer conversar e ignora as perguntas.
A família da criança é de uma região próxima a Caratinga, em um distrito de Simonézia. De acordo com o Conselho Tutelar ele já foi abordado, a família foi procurada, mas a situação é complexa. O Conselheiro Tutelar Francisco de Oliveira contou ainda que já levou a criança até a mãe e dias depois ele estava de volta às ruas. Outra vez ele pediu para ficar com o pai, também foi encaminhado e novamente depois foi visto pelas ruas.
Uma tarefa difícil para o Conselho Tutelar. A constituição garante o direito de ir e vir do cidadão, ao mesmo tempo que o Estatuto da Criança deveria primar pela sua proteção e garantir os seus direitos.
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