Acidente Kombi escolar: pais indignados pedem explicações

última modificação 19/03/2012 Fonte: Super Canal
O carro transportava dez alunos da Escola Municipal Sebastião dos Santos Rosa, que fica em Santa Efigênia. Duas crianças de 10 anos que se queixavam de dores foram conduzidas ao PAM
Acidente Kombi escolar: pais indignados pedem explicações
Transporte escolar bateu contra um tronco de árvore

A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) registrou o acidente envolvendo uma Kombi escolar por volta das 13 horas  desta última quinta-feira (15), no Km 70 da rodovia MG-425 (Caratinga/Vargem Alegre), próximo à estrada vicinal de acesso ao distrito de Santa Efigênia. O veículo era dirigido por Luiz Silveira Oliveira, de 64 anos, que sofreu lesões leves e foi levado ao Pronto Atendimento Municipal (PAM).  
O carro transportava dez alunos da Escola Municipal Sebastião dos Santos Rosa, que fica em Santa Efigênia. Duas crianças de 10 anos que se queixavam de dores também foram conduzidas ao PAM, e, em seguida, liberadas. Conforme a PMRv, o transporte escolar seguia sentido a Santa Efigênia.
De acordo com relatos do motorista, o acidente teria acontecido no momento em que ele teria desviado de um carro que vinha em sentido contrário invadindo parte da faixa de trânsito. Para não bater de frente, o condutor jogou o carro para à direita e bateu contra um tronco de árvore.
Em busca de esclarecimentos
Na manhã da última sexta (16), pais das crianças se reuniram no calçadão da Rua Miguel de Castro, em busca de maiores esclarecimentos junto à Secretaria de Educação da Prefeitura de Caratinga, já que eles não teriam sido avisados sobre o ocorrido pela direção da escola. Eles só ficaram sabendo do acidente por meio de pessoas conhecidas, situação que os deixaram indignados.      
No momento do acidente, o lavrador Célio Gonçalves Campos, pai de um menino de 9 anos, que viajava na frente da Kombi, também afirmou à reportagem do Super Canal, que apenas o filho dele estaria utilizando o cinto de segurança. Além do mais, segundo os pais das crianças, elas ainda chegaram assistir aula após o susto. No dia do acidente, a dona de casa Rosimara Gonçalves de Assis Melo compareceu à escola e constatou o estado emocional dos alunos. Conforme Rosimara, as crianças estavam todas chorando e assustadas.
Escola fechada no Córrego do Campinho
Outro questionamento dos pais dos alunos é que antes havia uma escola no Córrego do Campinho, próximo a Nutrícia, onde eles moram. Porém, ela teria sido fechada pela prefeitura de Caratinga. O que gerou insatisfação entre a comunidade, pois as crianças tiveram que passar a estudar em Santa Efigênia. Rosimara disse que a escola teria sido fechada por causa do pequeno número de alunos.
Além disso, ela destacou que havia apenas uma professora para dar aula a alunos do pré-escolar e do primeiro ao quarto ano do ensino fundamental. Rosimara ressaltou que os pais pediram a contratação de outro professor, mas a prefeitura teria informado que não iria contratar, já que não seria possível pagar um novo profissional em educação.
Excesso de passageiros
Outra polêmica levantada pelos pais foi em relação ao fato de que o motorista não teria o curso de capacitação em transporte escolar e estaria trafegando em alta velocidade. Requisito que seria obrigatório. Na oportunidade, pais também denunciaram que o transporte escolar estaria sendo utilizado com excesso de passageiros. Levando crianças do Córrego do Campinho, e de outros mais. Na Kombi escolar que teria 12 lugares, estaria sendo levadas 18 crianças.
Ainda segundo a PMRv, a documentação do veículo estava em dia. Apenas o tacógrafo que estava irregular. Pois, ela ainda não tinha passado pela vistoria obrigatória. Os pais dos alunos, agora, estão à espera de alguma providência da Secretaria de Educação diante do ocorrido. Eles fizeram um apelo para que a secretaria possa reabrir a escola e contratar outro professor.
Sem solução
Após conversar com um dos responsáveis pela Secretaria de Educação, uma mãe entrou em contato com a reportagem do Super Canal e informou que o responsável teria dito que não há problema nem com motorista e nem com veículo. E teria alegado que a culpa seria dos pais. Pois, eles teriam que conversar mais com os filhos para que eles ficassem quietos dentro do transporte escolar. A partir de agora, os pais dos alunos disseram que iriam procurar um advogado.  


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