FOTO: FOTOS: GALVANI SILVA / DIVULGAÇÃO
Susto. Operários se surpreenderam ao achar o bebê dentro do saco, onde também encontraram roupas
A Polícia Civil tenta identificar a mulher que abandonou uma recém-nascida em um matagal às margens de uma estrada da cidade de Itabira, na região Central do Estado. O bebê estava dentro de um saco plástico e foi encontrado, anteontem, por dois operários que trabalhavam no lugar. "É a nossa prioridade no momento. Temos que saber quem é a mãe dessa garota e tentar entender qual o motivo que a fez abandonar a filha. Acreditamos que ela resida próximo ao local do crime", afirmou o delegado Renato Gavião.
A criança está no hospital Nossa Senhora das Dores, no centro de Itabira, e passa bem. A menina mede 51 cm e pesa 3,1 kg. Uma enfermeira da unidade, que não quis se identificar, contou que o bebê foi "paquerado" por todos os funcionários, e que o caso comoveu não só a maternidade, mas a cidade.
"Todo mundo está comentando o assunto. Eu queria entender o que leva uma mãe a querer abandonar o próprio filho. Ela não tem amor no coração? A criança não tem culpa de ser indesejada. Ela bem que poderia ter entregue o bebê a um familiar ou a um orfanato, mas nunca ter colocado a vida dele em risco", afirmou a aposentada Laura Ferreira, 65, que mora em Itabira.
Resgate. Os operários Adílson Santos, 48, e José Geraldo de Araújo, 49, localizaram a menina, anteontem, após ficarem curiosos com o conteúdo da sacola. "Pensei que fosse uma trouxa de roupas. Mas quando mexemos para saber o que era, vimos o bebê. A criança estava adormecida quando a pegamos", disse Araújo.
Os dois acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Fernando Garoffo, que prestou os primeiros socorros à criança, informou que ela havia nascido há poucas horas e ainda estava com o cordão umbilical. Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado. Os militares fizeram buscas na região, mas não conseguiram localizar a mãe. O Conselho Tutelar, segundo o BO, já foi notificado para acompanhar o caso.
Crime. De acordo com a Polícia Civil, a mãe vai responder pelo crime de abandono de incapaz, que prevê uma pena que varia de seis meses a três anos de prisão. O tempo de reclusão pode aumentar se houver alguma complicação no estado de saúde da menina.
A criança está no hospital Nossa Senhora das Dores, no centro de Itabira, e passa bem. A menina mede 51 cm e pesa 3,1 kg. Uma enfermeira da unidade, que não quis se identificar, contou que o bebê foi "paquerado" por todos os funcionários, e que o caso comoveu não só a maternidade, mas a cidade.
"Todo mundo está comentando o assunto. Eu queria entender o que leva uma mãe a querer abandonar o próprio filho. Ela não tem amor no coração? A criança não tem culpa de ser indesejada. Ela bem que poderia ter entregue o bebê a um familiar ou a um orfanato, mas nunca ter colocado a vida dele em risco", afirmou a aposentada Laura Ferreira, 65, que mora em Itabira.
Resgate. Os operários Adílson Santos, 48, e José Geraldo de Araújo, 49, localizaram a menina, anteontem, após ficarem curiosos com o conteúdo da sacola. "Pensei que fosse uma trouxa de roupas. Mas quando mexemos para saber o que era, vimos o bebê. A criança estava adormecida quando a pegamos", disse Araújo.
Os dois acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Fernando Garoffo, que prestou os primeiros socorros à criança, informou que ela havia nascido há poucas horas e ainda estava com o cordão umbilical. Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado. Os militares fizeram buscas na região, mas não conseguiram localizar a mãe. O Conselho Tutelar, segundo o BO, já foi notificado para acompanhar o caso.
Crime. De acordo com a Polícia Civil, a mãe vai responder pelo crime de abandono de incapaz, que prevê uma pena que varia de seis meses a três anos de prisão. O tempo de reclusão pode aumentar se houver alguma complicação no estado de saúde da menina.
Criança já ganhou um nome
O operário José Geraldo de Araújo e a mulher, Rosilene de Araújo, 37, pretendem adotar a criança. Esperançosa, ela até escolheu o nome da menina: Maria Rafaela.
"Ela é muito bonita. Foi um milagre meu marido ter encontrado a menina. Meu único filho tem 16 anos e eu teria total tempo de dedicação ao bebê", contou.
No entanto, ela sabe que a tarefa não será fácil. "Já me falaram que existe uma fila na adoção, mas vou lutar pela criança. Já considero a menina como minha filha", disse. (JC)
"Ela é muito bonita. Foi um milagre meu marido ter encontrado a menina. Meu único filho tem 16 anos e eu teria total tempo de dedicação ao bebê", contou.
No entanto, ela sabe que a tarefa não será fácil. "Já me falaram que existe uma fila na adoção, mas vou lutar pela criança. Já considero a menina como minha filha", disse. (JC)
MINIENTREVISTA
"Parecia que eu estava em um filme"
Adílson Santos
Operário
Como vocês descobriram que havia um bebê na sacola?
Só vimos as roupas dentro da sacola e continuamos a trabalhar. Até brincamos com a fato, tentando adivinhar quem poderia ter esquecido aquilo ali no meio da terra.
E como foi a sua reação ao ver que ali havia um bebê?
Fiquei trêmulo e com a boca aberta. Parecia que eu estava dentro de um filme. Só via essas coisas na televisão ou em jornais. Jamais imaginava passar por uma situação como essa. Se a gente não tivesse ido até a menina, acho que ela teria morrido.
O que o senhor falaria para a mãe do bebê se pudesse encontrá-la?
Acho toda a situação muito triste. Não sei quais perguntas eu faria, até porque não sei como uma pessoa normal poderia fazer isso com o próprio filho. (JC)
Só vimos as roupas dentro da sacola e continuamos a trabalhar. Até brincamos com a fato, tentando adivinhar quem poderia ter esquecido aquilo ali no meio da terra.
E como foi a sua reação ao ver que ali havia um bebê?
Fiquei trêmulo e com a boca aberta. Parecia que eu estava dentro de um filme. Só via essas coisas na televisão ou em jornais. Jamais imaginava passar por uma situação como essa. Se a gente não tivesse ido até a menina, acho que ela teria morrido.
O que o senhor falaria para a mãe do bebê se pudesse encontrá-la?
Acho toda a situação muito triste. Não sei quais perguntas eu faria, até porque não sei como uma pessoa normal poderia fazer isso com o próprio filho. (JC)
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